terça-feira, 30 de março de 2010

Notícias 04 - Redes sociais de livros





Imagine uma rede social tipo Orkut, Facebook ou My Space, porém voltada somente para livros e leitores.

A idéia não é nova, sites como Library Thing, Shelfari, e Book Rabbitt lançaram esse conceito no mundo cibernético. Contudo, eles estão em inglês, assim como os livros lá cadastrados.

Mas, para suprir a carência de sites em português surgiram o Skoob e O Livreiro.

O primeiro, o Skoob, foi criado em 30 de dezembro de 2008 pelo analista de sistemas de 33 anos Lindenberg Moreira. Começou quase como uma brincadeira entre amigos, e hoje possui mais de 150 mil usuários cadastrados.

Já o outro, O Livreiro, criado no dia 1º de julho de 2009 (durante a FLIP), é um projeto da gigante Infoglobo – um dos nomes da Globo na internet. Todos os dados sobre livros vêm da Livraria Cultura (que possui a maior base de dados literária do Brasil). Contudo, apesar da intensa divulgação que os sites da Globo fazem, essa rede social conta com um número menor de usuários cadastrados: 30 mil.

O melhor jeito de compará-los é de maneira sucinta...

Semelhanças:
  •  Facilidade de inscrever-se. Há um espaço para por descrições de perfil, foto, homepages, etc.
  •   Em ambos cria-se sua estante de livros lidos ou desejados por meio de um sistema de busca de livros.
  •   Pode-se indicar livros para troca entre outros usuários.
  •   É possível fazer resenhas de livros nos dois sites.
  •    E por fim, dá para saber que obras seus amigos cadastrados estão lendo ou terminaram de ler.


Singularidades do O Livreiro:
  • Tem um visual retrô, estilo sites dos anos 90, o que não facilita muito sua navegação.
  •  É administrado, moderado e mantido pela Infoglobo.
  •  Conta com o enorme acervo da Livraria Cultura.
  • Há um espaço para debate sobre livros na seção Clube do Livro.
  • Pode-se criar e participar de comunidades.
  • Há um espaço onde é possível conhecer novos escritores e saber mais sobre aqueles que você já conhece.
  • É mais pesado e possui bugs. O sistema de busca possui certas falhas.
  • Possui uma espécie de blog com notícias breves, recentes e vãs sobre o mundo literário.
  • Possui um espaço com uma lista de desejos com os livros que seus amigos querem ganhar.



Singularidades do Skoob:
  • Possui um visual clean, prático e mais fácil de entender.
  • Não há moderador e as obras são cadastradas pelos próprios usuários, que mantêm as capas, edições e sinopses do acervo constantemente atualizadas; é possível também encontrar ou cadastrar aquele seu livro obscuro que ninguém mais tem.
  • Há um sistema de tags, que facilita descobrir obras similares.
  • Tem mais opções em relação aos livros que você põe em sua estante, podendo indicar os abandonados, os relidos ou que você tem.
  • É possível criticar as resenhas dos outros usuários.
  • Possui o Paginômetro – um contador de páginas – que além de informar “o quanto você já leu”, aumenta o seu ego.
  • Possui um sistema de avaliação por nota dos livros que você já leu. As notas são somadas e fazem média do julgamento geral de cada livro.


Conheci ambos ano passado. Estava lendo uma matéria na parte de cultura do Globo e fiquei curioso em relação ao O Livreiro. Fiz o cadastro e me diverti bastante montando minha estante virtual. Mas fiquei muito frustrado com a falta de vários livros e a ausência de capa de outros.

Gostei do O Livreiro e de seus recursos, apesar da bagunça (pois mesmo com um visual aconchegante, o design do site é uma zona em que pipocam várias informações inúteis). Parecia ser algo que prometia!

E então, na mesma semana, descobri acidentalmente o Skoob. Achei esse site bem mais simples e organizado. Foi muito mais divertido montar a estante virtual nele, pois quando havia alguma obra que não estava cadastrada no site, era só eu mesmo cadastrá-la.

Para mim perfeito o Skoob, pois tudo que você precisa está ali. É simples, fácil e rápido de atualizar. Mas ainda mantenho e atualizo meu cadastro no O Livreiro.

Dêem uma checada. Não custa nada!


Fontes:

sábado, 27 de março de 2010

Especial 01 – Estantes; 1ª parte




 Estantes - 1ª parte: Gracinhas

Em um blog voltado ao mundo literário, como não falar delas?

Elas não são só blocos de armário. Nem simplórios espaços utilizado para guardar objetos variados, como livros, enfeites, documentos, etc.

As estantes são estruturas vitais para os bibliófilos. Elas simbolizam conquistas, desejos, limitações e vícios!

Estou para conhecer algum ávido viciado em leitura que guarde seus livros em um saco ou em uma caixa no canto da sala.

Dentro do amplo rol de modelos que existem, decidi publicar aqui algumas “gracinhas” bem curiosas: 


01 - Tetris
Cuidado! Se completar uma linha seus livros se apagam com ela!



02 - Joguinho de celular
Não lembro qual o jogo e nem o nome dele...



03 - Pac Man
Tem que ter uma do fantasminha!



04 - Donkey Kong
O Homer ta substituindo o Mario, mas tudo fica ok se o macacão não jogar nenhum barril!



05 - Quebra-cabeça japonês
Um ótimo brinquedo para um gato ou um cachorro safado.



06 - Gangorra
Se puser um Vade Mecum de um lado, o outro não sai do castigo nunca mais!



07 - Bonequinhos felizes
Não vendem mais esse modelo para escolas religiosas! 



08 - Bonecão do mal
O foda vai ser se ele levantar e ir embora!





09 - Caixão (e Estaca)
Boa idéia dentro dessa febre literária de vampiros!



10 -"Safadenha"
 Ótima para botar contos do Marques de Sadê e Kamasutras (e até para o Kamasutra em si)




Bônus: Estante gostosa

Apesar de não ter muito espaço para botar livros é ótimo para os pega "nings" ou sem imaginação. Mas dá para botar pockets nas gavetas e livros em cima do pescoço!

OBS: Evitem uma dessas perto da do Bonecão do Mal! Mas dizem que gera Bonequinhos Felizes....

sexta-feira, 26 de março de 2010

Édipo Rei / Antígona

   
Édipo Rei / Antígona


Sófocles

Edição: 1
Editora: Martin Claret
Ano: 2002
Páginas: 143

Apesar de preferir romances, eu me forço a ler peças clássicas de vez em quando – hábito que ainda não cultivei com a poesia.

Sempre vale a pena dar uma conferida nesses arcabouços da cultura ocidental. Afinal, depois de tanto marketing freudiano, deve-se checar a verdadeira história por traz do complexo de Édipo!

Para quem não sabe, Sófocles, o autor, foi um dos maiores poetas dramáticos da Grécia Antiga. Além de atuar e ser o patrono da cenografia, este helênico escreveu 123 peças que retratavam bastante a aristocracia da época.  Contudo somente sete peças sobreviveram até os dias de hoje.

Em Édipo Rei narra-se a tragédia de um grande herói que apesar de todos os esforços acaba cumprindo a terrível sina que os deuses lhe reservaram. Já em Antígona conta-se outra tragédia, onde a personagem principal, filha de Édipo com Jocasta, decide ir de encontro às leis despóticas do Estado, mantendo-se leal aos mandamentos divinos e a sua convicção moral.

Ambas as tragédias tem temas fortes e finais funestos, mas ainda assim vale à pena dar uma lida. Até porque 150 páginas de puro dialogo são lidas mais rápido que um jornal de domingo.

Nota: 6,0

quinta-feira, 25 de março de 2010

100 visitas


Yeah! 100 visitantes!

Não vou escrever nada muito longo.

Quero agradecer a todos que ainda passaram e passam por aqui!

Obrigado ainda pela paciência com os textos longos, cheios de erros e enfadonhos, valeu pelas críticas construtivas e sugestões!

Muito obrigado a todos.

P.S.Outra publicação como essa só daqui a mais 900 visitas!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Spartacus

Spartacus

Howards Fast
Edição: 1
Editora: Bestbolso
Ano: 2007
Páginas: 434

Lembra do clássico filme do Stanley Kubrick? Pois é, ele veio desse livro!

Inspirado na revolta dos escravos romanos de 73 a.C., o livro narra a trajetória do famigerado Spartacus. O ponto forte nesse livro, que além de lhe dar o charme, ainda é o tempero que o deixa saborosamente devorável, é a sensacional narrativa.

Howard Fast construiu seu livro com uma matéria-prima historiográfica muito pobre, mas com uma excelente condução narrativa, onde muitos personagens expõem seus pontos de vista de maneira unica e ao mesmo vívida.

Spartacus, é o herói da obra, mas também é o nome que pôs em evidência as rachaduras nos alicerces de Roma. Nascido na escravidão e treinado como gladiador, ele reuniu setenta mil escravos e liderou uma rebelião contra o imperialismo do "Império do Mundo".

Há uma notável crítica contra o autoritarismo e a corrupção no livro – marcas da revolta de Howard que escreveu seu livro na prisão após ser perseguido pelo neurótico senador Joseph McCarthy.

Apesar extrema dramatização e da falta de embasamento histórico, o livro possui uma narração singular, muito bem construída e recheada de personagens marcantes e bem distintos. Vale à pena ler!

Nota: 7,0

segunda-feira, 22 de março de 2010

Noticias – 03: Iniciativas e ousadias


Escrevi atrasado, com pressa, sono e um pouco alcoolizado. Apesar da revisão de agora, acho que ficou breve e direto!

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Tenho que falar de duas iniciativas que estão promovendo a leitura no Brasil.
A primeira é o Manifesto Silvestre, lançado por grupo de dez escritores "em defesa da narrativa, do entretenimento e da popularização da literatura". Eles desejam que os leitores tenham um maior acesso à tão pouco valorizada ficção brasileira.
Confira aqui o manifesto na integra aqui!

O outro empreendimento é a Caravana da Leitura, projeto que percorre cidades do interior do Brasil desde 2004, que aberto ao público em geral vende livros por preços simbólicos.
Acontece assim: eles chegam à cidade e montam uma tenda em praça pública, onde expõem os livros disponíveis, com uma equipe a disposição para auxiliar os visitantes que desejem ajuda na escolha da obra. O objetivo é aproximar as pessoas numa boa e sem compromisso, permitindo que elas se sintam parte dessa iniciativa de patrocínio à leitura.
Mais informações podem ser obtidas no site: www.projetosdeleitura.com.br

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Por falar em iniciativa, Paula Parisot inovou de forma fantástica nessas duas ultimas semanas com o lançamento de seu novo livro, “Gonzos e Parafusos”.  Essa carioca, escritora e artista plástica, ficou de 11 a 17 de março, trancada em uma instalação que simula um quarto, no meio da Livraria da Vila, em São Paulo.
Durante esses sete dias a autora fez uma atuação performática na pele de personagem de seu romance, durante o momento em que esta fica em uma clínica de repouso.
Paula ficou vestida com roupas de época em um pequeno catre com paredes de vidro e sem poder sair, nem quando a livraria fechava. Apesar de poder cantar e falar, a autora fez um voto de não comunicar-se diretamente com ninguém.
Munida somente de caderno de notas, a autora foi alimentada a cada dia por alguma pessoa de seu círculo íntimo, respectivamente: o marido, o editor, a amiga, os sogros, a mãe, o mestre e o pai.
O resultado foi uma sensacional mistura de atuação artística com literatura. Além de uma excêntrica e inovadora forma de marketing editorial.
Vale ressaltar ainda que seu mestre é o famigerado, porém avesso à fama, Rubem Fonseca. “Gonzos e Parafusos” é o primeiro romance e o segundo livro de Paula Parisot. Seu primeiro livro, “A Dama da Solidão”, é uma coleção de 21 contos fortes com a linguagem muito próxima a de seu consagrado mestre.


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Por falar em inovação, já notaram o boom das histórias em quadrinho?
Mas os protagonistas não são mais os fantásticos e invencíveis super-heróis, que encaram centenas de vilões mais irreais ainda. A moda agora são os clássicos da literatura universal!
Sim, os quadrinhos têm ilustrações com um estilo bem retrô, que além de combinar bastante com as obras, são muito bem feitas. É uma excelente forma de melhor gravar, ou até de entrar em contato, com livros importantíssimos de autores como Victor Hugo, Júlio Verne, Shakespeare e etc.
Apesar das obras estarem em inglês, vale à pena conferir algumas que estão na integra aqui!

Mas há também adaptações de clássicos da literatura brasileira.
Dá para encontrá-lo em algumas livrarias, mas nessa semana, o Jornal Extra lançou a promoção “Clássicos da Literatura em Quadrinhos”. Você compra o jornal na quarta-feira, paga mais R$ 5,90 e leva um exemplar da coleção de dez volumes de uma série de adaptações. Há também uma promoção rolando no site www.olivreiro.com.br!
A novidade da migração das histórias em quadrinhos para as bancas e livrarias, certamente representa um novo fôlego para a chamada nona arte. Consegue-se ainda a popularização dos clássicos, e conseqüentemente maior valorização da literatura nacional, o que alavanca o crescimento da cultura brasileira.

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Agora se você procura grandes clássicos de graça, não deixe de conferir o portal Domínio Público. Lá você encontra um enorme acervo gratuito disponibilizado pela Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação com obras literárias, artísticas e científicas, todos com os direitos autorais em domínio público ou com a divulgação autorizada.
Você encontra lá teses e dissertações disponibilizadas pelos autores e universidades, excelentes para pesquisa acadêmica, há também obras de Machado de Assis, Fernando Pessoa, William Shakespeare, Franz Kakfa e muitos outros com direitos autorais em domínio público, encontra-se ainda obras de arte e imagens históricas e por fim vídeos históricos, documentários nacionais e internacionais e alguns vídeos exibidos na TV Escola.
Mesmo que você não goste de ler e-books, vale à pena checar essas obras que fazem parte do patrimônio cultural brasileiro e universal. Dê uma passadinha aqui: http://www.dominiopublico.gov.br.



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Agora, se você ainda se sente cru ler obras clássicas ou acha que elas são chatas de ler, chegou uma novidade!
Jason Rekulak editor da editora americana Quirk Books, especializada em livros irreverentes, inovou inspirado em seu hobby de fazer vídeos de mash-up (mistura de trechos de clipes, filmes e programas de TV). Ele fez um rol de clássicos com direitos autorais em domínio público, como Dickens, Tolstoi e Jane Austen, e misturou com contextos bizarros e non-sense, como zumbis, monstros marinhos, andróides, etc.
Aqui no Brasil a Editora Intrinseca lançará no dia 23 de março a primeira experiência de Jason Rekulak, “Orgulho e Preconceito e Zumbis”. Em breve chegará "Razão e sensibilidade e monstros marinhos", e lá nos EUA em breve lançar-se-á ainda este ano "Andróide Karenina".
Para quem curte o gênero, tem mais uma novidade, há uma versão cinematográfica de “Orgulho e Preconceito e Zumbis” prevista para 2011, com direção de David O. Russell e Nathalie Portman no papel de Elizabeth Bennet.
Apesar da loucura, o editor diz que há um enorme esforço de transmitir a verdadeira essência das obras. Eu estou ansioso, para ler e para assistir ao filme!

Fontes:

quinta-feira, 18 de março de 2010

Eu sou a lenda


Eu sou a lenda



Richard Matheson
Edição: 1
Editora: Novo Século
Ano: 2007
Páginas: 296

Não estou aqui para falar do filme! Na realidade, filmes, porque esse último, de 2007, com Will Smith, é a terceira adaptação dessa obra de Richard Matheson – para os interessados, as outras versões são “Mortos que matam” ou “The Last Man on Earth” de 1964 e “A Última Esperança Sobre a Terra” ou “The Omega Man” de 1971. Cada versão marcada pelo cinema de sua década e bem distinta da outra. E chega de filmes!

Não tem como falar do livro sem antes falar do autor. Se você curte ficção científica e histórias de mistério/terror deveria conhecer Richard Matheson. Ele foi o principal roteirista e incentivador da série “Twilight Zone” (Nada relacionado à porcaria do Crepúsculo, mas sim à famigerada “Além da Imaginação”).
Todos os clássicos de terror, mistério e ficção científica têm ancestrais nas histórias de Matheson. O cara realmente tem imaginação (Sim, ele ainda vive!)!

Vale lembrar que “Eu sou a lenda” é um dos contos do livro “Eu sou a lenda”. Na realidade o mais importante e maior – os outros às vezes nem têm dez paginas.

Nele, Robert Neville é o último homem vivo sobre a Terra. Contudo, ele não está sozinho. O resto das pessoas se tornou uma espécie de vampiro, mas a principio são tão retardados que lembram mais os zumbis dos filmes atuais.

E assim, à noite Neville é a caça e de dia o caçador. Enquanto procura suas presas pelas ruínas abandonadas do que foi a civilização, Neville relembra do início da pandemia. A solidão extrema da personagem é angustiante, seus porres são homéricos e sua busca em reverter a situação se mostra cada vez mais vã.

Contudo a trama toda muda quando surge uma nova personagem. Aí que está a cereja topo do sundae, grande característica das obras de Matheson, que no meio do caos, surge com uma exceção às regras desse mundo impossível.

Paro por aqui para evitar spoiler, mas o livro é sensacional. Põe o filme na sola do chinelo, e além de bem escrito possui um final excelente!

Nota: 8,0

quarta-feira, 17 de março de 2010

On the Road - Pé na Estrada

  
On the Road – Pé na estrada


Jack Kerouac
Edição: 1
Editora: L&PM
Ano: 2004
Páginas: 380
Tradutor: Eduardo Bueno

Com nome em inglês e sobrenome em português, On the Road - Pé na estrada é considerada a obra prima de Jack Kerouac - o cara que deu a cara da Geração Beat estadunidense. A partir dos anos 60, jovens do mundo inteiro passaram a colocar mochila nas costas e cair na estrada, inspirados por esse alfarrábio de vagabundo pseudo-revolucionário. Um grande exemplo é o tradutor, o jornalista e gaucho metido à carioca-da-gema, Eduardo Bueno (o tradutor).

Lançado em 1957, o livro mostra ao mundo o lado negro do sonho americano, por meio de uma viagem de dois jovens – Sal Paradise e Dean Moriarty – que atravessam o país de costa a costa.

Sal Paradise é um inteligente e carismático vagabundo que tem sua vida mudada quando conhece um andarilho fascinante de personalidade magnética, Dean Moriarty. Ambos têm interesses e paixões em comum: amam literatura e jazz, e desejam conhecer o mundo. Fatalmente tornam-se grandes amigos e juntos atravessam os EUA, encontrando pelo caminho os mais variados tipos de pessoas.

Ao longo das estradas por onde passam, discorre-se sobre as angustias de uma geração instável que não sabia de onde vinha e, apesar da busca, acabaria nunca vindo a saber. Nasce também um culto de amor a vida, que mantém um pacto de não-agressão com a morte, regado a álcool, anfetamina e maconha – o que garante várias viagens ao longo da viagem.

 Segundo estudiosos, amigos e conhecidos, o personagem principal, Sal Paradise, é o próprio Jack Kerouac. Já Dean Moriarty é um pseudônimo de Neal Cassady, considerado “o pai dos hippies”. O primeiro, o autor, morreu aos 47 anos de cirrose 1969, um ano após o outro morrer de overdose no México.

A jornada narrada não é só uma viagem pelo interior do país, mas também uma busca de autoconhecimento – não só da geração da época como também das personagens. Essa bíblia da geração Beat retrata pessoas que cresceram largadas em casa, fruto de pais que lutavam na Segunda Guerra e as mães que trabalhavam nas fábricas de armas – muito parecidas com a minha geração, também criada longe dos pais, contudo perto das TVs.

O diretor brasileiro Walter Salles, de Central do Brasil e Diários de motocicleta, está envolvido na produção da versão para o cinema de On the Road.

OBS: A nota é mais por falta de saco e costume que eu tinha para com o estilo de narração do livro. Mais um para reler!

Nota: 6,0

terça-feira, 16 de março de 2010

Na correria

Voltei às aulas de vez, mas continuei lendo meus livrinhos, estou estudando direito sempre que posso, vendo filmes quando há uma folguinha e ainda atualizando esse blog aqui!

Apesar dos vários afazeres e do atraso, venho aqui lembrar que domingo, dia 14 de março foi dia da poesia. E ainda que eu não seja um amante de poesia, vou prestigiar um pouco tal dia, correlacionando com o tema do tempo!
*

“Tempo

se de dia anoitece

à noite

o que acontece?”

Vanessa Campos Rocha

*

“Para ampliar o paradoxo do tempo:

Não é o tempo que me falta

Sou eu o tempo todo

tentando acomodar todas as minhas vontades:

Que não cabem, não sei, se dentro de mim

se dentro do tempo.

Há vontades que surgem como relâmpago,

Umas que passam e outras que passeiam,

As que dançam,

As que só se apresentam e vão embora.

Aquelas que voltam.

Um tanto que brigam.

Outro tanto que brincam.

Umas conversadeiras. Um tantinho bem acomodadas.

Um monte me pedindo atenção.

No meio dessa confusão

acaba de nascer mais uma:

Poemainfinito.”

Dila Galvão

*

“O tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!

Quando de vê, já é sexta-feira!

Quando se vê, já é natal...

Quando se vê, já terminou o ano...

Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.

Quando se vê passaram 50 anos!

Agora é tarde demais para ser reprovado...

Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.

Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...

Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...

E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.

Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.

A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.”

Mário Quintana

*

“O tempo é muito lento para os que esperam

Muito rápido para os que tem medo

Muito longo para os que lamentam

Muito curto para os que festejam

Mas, para os que amam, o tempo é eterno.”

William Shakespeare,

*

P.S. - Sono e cansaço...