quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A Casa dos Budas Ditosos



João Ubaldo Ribeiro
Edição 1
Editora: Objetiva
Ano: 1999
Páginas: 161

Esse foi o primeiro livro do João Ubaldo Ribeiro que eu li, e o quarto da coleção Plenos Pecados. E fiquei decepcionado com o autor e com a coleção.

Dizem que o autor baiano evitou pegar o tema “preguiça” para evitar o senso comum (provavelmente ele escreveria algo muito melhor do que João Gilberto Noll). Mas não é só esse boato que cerca a obra, a protagonista é tida com uma suposta baiana de 68 anos que mora no rio e está disposta a contar sua vida cheia de luxúria.

Eu acredito que foi para promover o livro que o autor cercou de mistérios essa hipotética mulher, que teria lhe entregue um manuscrito com sua vida libertina dela. Identificada pelas iniciais CLB, essa personagem-narradora conta suas diversas, e não tão convencionais, aventuras sexuais – promovidas pelo celebre jargão “com todo o prazer e sem respingos de culpa”.

Não sei se sou muito tapado e achei o livro uma putaria deslavada e sem objetivo, mas sei que não gostei. O próprio título é explicado com uma besteira nada a ver... Acho que o bafafá todo dá obra vem pelo autor e pela peça homônima, adaptada em 2004 como um monólogo da Fernanda Torres – que ficaria melhor com o título “Relatos de uma Vani velha e safada”.

Tá o tema sobre putaria, mas porra, luxúria não é só putaria! E olha como o Zuenir escreveu Mal Secreto! O cara soube abordar o tema, mastigar e digerido-lo. 




Bem fica aí a dica pra quem quer ler uma sacanagem sem compromisso...




segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Glosando a vida

Yeah, tempos de estudo!

Nessas horas sempre me dou conta de que se ao pegar um livro de mandado de segurança para ler sentisse tanto prazer quanto quando eu devoro um romance do Rubem Fonseca já estaria no caminho dos catedráticos e doutrinadores do direito!

É, mas cobras não têm asas, morcegos não enxergam bem, lagartos não andam no gelado e o Daniel não tem saco com livros jurídicos. Demoro anos para ler e absorver aqueles calhamaços recheados de termos jurídicos e “gírias” latinas.


Se fosse o inverso já estaria feito e não iria precisar glosar no meu Vade Mecum sempre antes das provas... (GLOSAR, ô mente poluída! Pega o dicionário e procura!)

Sim, eu colo!

Colo e passo cola desde antes da faculdade. Para mim colar nunca foi uma arma, mas sim uma garantia.  Dá aquela segurança para tirar a nota mínima, a precaução para não deixar de esquecer alguma observação naquele resumo microscópico e ainda serve para comparar com os “apontamentos” do amigo.

E no direito é impossível não colar... Além da ardilosidade típica de qualquer aluno universitário, os códigos e suas milhares de páginas com letrinhas minúsculas facilitam o “arquivamento” de “resumos”.

Mas o pior é que no direito todo mundo cola! Mas todo mundo mesmo!



Desde o mais nerd até o mais vagabundo... A cola é um pré-requisito no direito. Por dois simples motivos:
1 – Se você não colar, sua nota vai ficar pior na média, porque todos estão colando!
2 – Geralmente você encontrará professores loucos que cobraram notas de rodapé, por isso é recomendável que você leve a sua própria “nota de rodapé”!

Eu poderia falar muito mais sobre esse assunto, mais já fugi demais do tema do blog! Só postei isso para explicar minha ausência e para terminar com essa foto exemplifica como se chega ao fim da faculdade de direito:



Ahhh, e quarta eu volto com as resenhas!



quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mais uma feira do livro

Ando sem tempo. E com uma tonelada de coisas pra fazer até “ontem”.

... e como prometi escrever sobre a feira do livro. Eis:


Eu não gosto de falar muito da feira, porque isso me lembra que ela ainda está lá. E como ir lá me deixa mais pobre (o que é mais triste pelo já grande rombo orçamentário do meu bolso).

Eu prefiro a feira na carioca, pois parece ficar menos farofada. Na Rua Uruguaiana, onde fica o maior camelódromo do centro da cidade, parece que as pessoas surgem do nada. E esse cardume quer comprar a maior quantidade de livros possível pelo menor preço possível, sem se importar se estão levando por 1 real um manual russo de engenharia sujo e amassado do mês passado ou um raríssimo alfarrábio embolorado do início do século.

Por isso tem que garimpar! No inicio do mês a feira com as barracas bonitinhas, com os livros arrumados por tema, autor e ano. Agora esta tudo uma grande zona. Têm barracas que colocaram todos os livros por 5 reais. E eu disse todos os livros! Desde o grande Best-seller de Burkina Faso até livros encardidos ou com a capa amassada que ali na Saraiva da esquina estão R$ 20 ou R$ 30!

O ruim disso é o tempo gasto ali no empurra-empurra, ombro a ombro com o povo. E o povo está bem heterogêneo, você vai esbarrar no engomadinho com ar de intelectual, no típico universitário sujão ou nas madames fofocando agarradas com as suas sacolas de compras.

Outra coisa meio chata é o nível dos vendedores. Sem preconceitos e levando em conta o fato de que eles estão cansados, todos são extremamente grossos, mal-educados e confusos. Além disso, eles fazem de tudo para que não haja pechincha. Todos as vezes que tentei descolar um desconto fui recebido com olhares maldosos, frases debochadas e gestos truculentos. Os caras compram livros por 1 real a unidade, vendem cada um por R$ 20,00 e ficam putos se você tenta pagar 2 reais a menos... Porra!

Bem, a feira está rolando ainda até a semana que vem. Apesar de alguns pontos negativos, ela ainda vale muito a pena. Eu estou evitando ir porque tem mais de 100 livros na pilha... No momento só quero é que a rua esvazie! Estou esperando a feira do ano que vem!

Bem vou lá galera... vou tentar escrever alguma resenha em breve!



quarta-feira, 15 de setembro de 2010

De volta...


Foram o que? Dois meses?

Pois é, depois de muito esforço, consegui voltar!

Porque tirei essas férias do blog? Besteira mesmo... 

Na realidade, foi tudo conseqüência de uma cadeia de fatos, aliada a um tempo muito necessário para dar uma espairecida!

Entrei de férias na faculdade e no estágio, comprei um wii, larguei as leituras, e quando as aulas voltaram fiquei enrolado com a formatura, com as últimas matérias e com a estagnação da monografia...

Ahhh, adoro dar desculpas! Dá um alívio! Não sei se algo da minha natureza ou tique de um estudante de direito...

Poderia resumir meu afastamento a uma verdade: estava sem saco e com pouco animo de escrever; e, como sempre faço, ao invés de procurar o verdadeiro porquê, fui empurrando o problema com a barriga...


Mas volto agora e prometo escrever e escrever mais!!!



Ontem estive na feira de sebos no centro do rio e vou fazer meu mini-relato viciado em livros. Além disso, tem várias resenhas aqui para escrever...

Bem, “por hoje é só, velhinho”!