terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Matar é fácil, investigar não!


Há quase três anos atrás decidi ler tudo da Agatha Christie. Daí eu fiz uma lista com todos os livros da velhinha e comecei a comprar, roubar e esmola-los...

Aproveitando que seus livros são pequenos, fui lendo um livro por mês ao longo desse tempo. Hoje, com mais de 50 lidos e menos de 40 para ler, posso dizer que o fim dessa saga literária está próximo! :p

Não é nenhum martírio esse “projeto”. Eu realmente me divirto com a "receita de bolo" das histórias, as visões preconceituosas da autora e sobrenaturais velhinhas sagazes da Agatha... E, como não falar das caricatas personagens que são super investigadoras ou super sinistras (ou os dois!).

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Ontem eu terminei “Matar é Fácil”. E, de todo rol de livros que eu já li, esse foi aquele que logo no início eu falei “Opa, perae! Tem um bagulho diferente aqui!!”

O livro começa com um tal de Luke Fitzwillian encontrando uma velhinha caipira solteirona (uau que original!) que está em Londres para denunciar à Scotland Yard um super assassino de sua cidade.

Ele não dá bola à história dela... Mas quando vê que pobre velhinha foi assassinada em plena capital e que talvez ela estivesse certa, Luke resolve arregaçar as mangas e investigar tudo.

Acontece que esse protagonista é totalmente imbecil e não está nada preparado para sua jornada de investigação na Inglaterra campestre do inicio do Século XX.

Apesar de ele se achar O Cara, está mais perdido que cego bêbado em tiroteio na Linha Vermelha. E logo ao chegar à cidade, considera todo mundo suspeito e se apaixona por todas as mocinhas da cidade. Para piorar o tolinho aí não sabe mentir, invade casas aleatórias para investigar, pede ajuda para quase todo mundo na cidade... É triste de se ver!

Mas no fim uma donzela sagaz consegue resolver o caso para esse estúpido... Na realidade, se ele não tivesse saído de Londres as coisas iriam se resolver sozinhas!

Esse livro é tão anormal que uma das personagens famosas de Agatha aparece como figurante só pra dar uma credibilidade na conclusão da investigação.

Com 3 adaptações para o cinema e televisão (a última com Julia McKenzie como uma “Miss Marple”, que transforma o Luke Fitzwilliam em um coadjuvante mais bobalhão), esse alfarrábio definitivamente não deve ser lido por quem nunca pegou uma “Agatha Christie”... Mas se você é fã, ou tem uma meta louca como a minha, ou tem curiosidade por desvios em estilos literários, vale a pena dar uma conferida nas trapalhadas desse protagonista fanfarrão!

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