segunda-feira, 31 de maio de 2010

Especial 02 – Estantes; 2ª parte



Estantes - 2ª parte: “Magrinhas”



Dando continuidade ao especial de quase dois meses atrás, venho aqui enaltecer as singelas estantes magrelas, desde a desengonçada com forma de árvore até aquela comprida e alta que fica no canto da sala e de lado quase ninguém vê.

Algumas dessas prateleiras e estantes tem a vantagem de serem discretas e se encaixarem facilmente em um local já abarrotado de livros...

Ta certo que aqui em casa não tem nenhuma magrela ainda, mas creio que muito em breve elas serão extremamente necessárias...

01 – Galhada do veado 
De início talvez eles quisessem fazer algo como uma árvore...


02 – Árvore da vida
Ahhh essa sim lembra uma árvore. Tem até o desenho das folhas para os incautos perceberem.



03 – Outono
Nessa parece que usaram os troncos que estavam no quintal.



04 – Cactus
Bem modernosa, ainda tem espaço pra TV e Blue-Ray (ou seja, é pros endinheirados)




05 – Frutífera
Fim da seção “árvores”, essa aqui é para aqueles que curtem crepúsculo, ou pelo menos a capa do livro...


06 – Emparedados
Oquei, isso não é uma estante, e nem uma prateleira; mas esse treco-para-pendurar-livros-na-parede é muito do mal! Acho que as mãos e os pezinhos que dão o ar bizarro!


07 – Espremidos
Para colocar naquele espaço apertado da sala e encher de livros fininhos – na realidade eu a acho muito pouco pratica!


08 – Espinha de Peixe
O nome diz tudo. É pequena, simples, discreta e escrota quando esta vazia...


09 – () ()
Lembra muito a espinha de peixe, mas é mais “fashion”!




10 – Twist and Shout
Show, mas se ela rodar fica mais legal ainda! (a do meio me lembra muito uma tulipa com chope… devem ser os livros amarelos e a cerveja de ontem…)




Bônus: Mas se você tem um problema sério de espaço, como eu estou perto de ter, estantes magrelas não vão adiantar muito. O lance é ter lances de escadas como esses:

É bom deixar os livros sobre primeiros socorros na parte inferior da escada. É sempre bom se prevenir para as futuras quedas...


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Moll Flanders

Moll Flanders



Daniel Defoe
Edição: 1
Editora: Nova Cultural
Ano: 2003
Páginas: 398

Conhecido também pela “ementa“: "The Fortunes and Misfortunes of the Famous Moll Flanders Who Was Born In Newgate, and During a Life of Continu'd Variety For Threescore Years, Besides Her Childhood, Was Twelve Year a Whore, Five Times a Wife [Whereof Once To Her Own Brother], Twelve Year a Thief, Eight Year a Transported Felon In Virginia, At Last Grew Rich, Liv'd Honest, and Died a Penitent. Written from her own Memorandums." Esse alfarrábio foi escrito em 1722 pelo meu famigerado xará, Daniel Defoe. Sim, é o mesmo que escreveu Robison Crusoe.

Esse autor do século XVI trabalhou em quase todas as profissões que existiam na época e acabou famoso pelos seus panfletos que se tornaram obras aclamadas e atemporais. Sempre explorando a solidão e a hostilidade do mundo, seja em uma ilha remota ou em plena Inglaterra mercantilista, suas personagens buscaram sempre vencer e alcançar uma redenção puritana.

No livro em questão conhecemos Moll Flanders. Filha de uma mulher condenada, ela é discriminada e abusada pela sua origem fazendo o possível para esconder seu passado e se garantir no futuro. Para dar uma idéia geral da história: a personagem reflete os caminhos e angústias pelos quais as mulheres que viviam a margem da sociedade sofriam.

Moll é extremamente controversa, pois trai, se prostitui, abandona filhos, comete incesto, furta e comete outros crimes, delitos e atos amorais, tudo pelo desejo de ser/manter o status de uma Dama.

Apesar de dedicar muitas páginas para seus crimes e pecados, a personagem mostra-se arrependida e sofrendo remorsos. Está aí a típica busca pela redenção puritana do autor!

Existem pelo menos 3 adaptações cinematográficas desse livro – a mais recente é de 1996 (com Morgan Freeman). Há também duas séries e um musical (!!!). Diz-se que mais uma adaptação está sendo planejada desde 2007 com a inglesa Lucinda Rhodes-Flaherty (também não conheço...) no papel da protagonista.


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Na Natureza Selvagem

Na Natureza Selvagem

Jan Krakauer
Edição: 7
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2008
Páginas: 214

Você já teve vontade de chutar o balde, largar tudo e cair no sozinho mundo? Sempre também? Pois é. Esse livro fala de pessoas que fizeram isso.

Escrito pelo louco aventureiro, alpinista e jornalista Jon Krakauer, foi primeiramente um artigo para a revista Outsider, tornando-se em seguida o livro em questão. A história foca a vida de Chris McCandless, jovem de uma família rica do leste estadunidense que abre mão do brilhante diploma e de suas economias para buscar sua verdadeira essência.

A trajetória da vida de Chris é invejável. Após mudar de nome, ele buscou se afastar da sociedade e buscou o autoconhecimento testando seus limites. Passou a ser conhecido como “Alexander Supertramp” e em sua jornada louca e sem destino pelas terras norte-americanas conheceu pessoas incríveis, visitou lugares fantásticos, e venceu seus medos e traumas, sempre acompanhado por uma "pequena pilha" de livros.

Jon Krakauer refaz os percursos de Chris de forma bem emocionante, contando ainda historias de outros aventureiros solitários que desbravaram as partes mais inóspitas da America setentrional. O autor ainda conta uma façanha sua, conseguindo incluir-se no rol daqueles que viveram à margem da sociedade por a desprezar, pegando carona, circulando em carros velhos ou indo à pé mesmo, para viver em acampamentos, cidades-fantasmas ou na natureza selvagem.

A narrativa é envolvente, apesar dos momentos amargos onde o autor explora erros bobos que foram fatais. No fim, vemos como poder ser alto o preço da busca pelo autoconhecimento convivendo e contando somente com si mesmo.

Se você não viu o filme e não quer ler este livro, pare tudo e vá assistir agora!

O filme é sensacional e conta de uma maneira única a vida de Chris – e, como sempre, inevitavelmente corta muita coisa. Dirigido por Sean Penn e interpretado por Emile Hirscho, considero essa adaptação  perfeita. A fotografia é linda, a trilha sonora é fantástica – inclusive, é o primeiro álbum solo de Eddie Vedder – e o roteiro é excelente. Imperdível!

Era Chris um aventureiro heróico ou um idealista ingênuo? Um rapaz que arriscou tudo ou um trágico garoto que respondeu como pode a uma sociedade extremamente doente? Um jovem americano perdido ou um Thoreau rebelde dos anos 1990?

Para mim, Chris buscou as respostas em si mesmo e por si mesmo, para tentar desvendar o caminho que queria trilhar e encontrar o seu lugar no mundo. Agiu como achou correto, tentou ser fiel aos seus princípios e a si mesmo... Mas eu paro por aqui, pois não quero escrever nenhum spoiler.

Só sei que amo esse livro e esse filme. Os dois fazem com que você sinta aquela vontade louca de cair na estrada...


quarta-feira, 26 de maio de 2010

O "fim" nem sempre é o final.



Oquei, esse vai ser a última vez que falarei sobre Lost.

Há três anos, quando soube que tinham fechado um contrato para que a série terminasse na sexta temporada eu pensei “porra, vai ser impossível explicar tudo!”. E a cada novo mistério que surgia ficou claro que o final iria ser vago ou bem aberto.

E como nas duas ultimas temporadas, a cada resposta vinha novas perguntas, foi fácil perceber que eu não estava atrás de respostas, mas sim dos mistérios.

Lógico que o roteiro, a história, a construção de cada personagem, as intrigas, as pancadas e floresta (e também as porradas floresta adentro), me transformaram em um fã. Mas aquela curiosidade sobre o que aconteceria no próximo episódio, o que poderia ser explicado, quem talvez morresse, qual detalhe seria revelado da vida do personagem foco, etc. esses eram os verdadeiros motivos que me fazia assistir Lost!

Essa série definitivamente mudou muito o conceito dos seriados atuais. A revolução foi tanta que quem não gosta de Lost age radical e preconceituosamente quando ouve falar da série. O foco narrativo múltiplo e a análise de um mesmo fato por outros ângulos se consagraram com Lost!

Saber que acabou deixa um vazio. É a mesma sensação que sinto quando termino de ler um ótimo livro ou termino de ver aquele filme que atendeu a todas as minhas expectativas. É a sensação de que perdi um amigo. Tipo, parece que me despedi de alguém muito querido e sei que não vou irei vê-lo mais por um bom tempo (provavelmente nunca mais).

Com livros isso já aconteceu bastante... Já perdi a conta das vezes em que ao terminar o livro tive essa sensação de perda. Lógico que não se compara com a perda de um amigo real, mas não ter com quem compartilhar essas perdas amplifica essa dor...

Mas terminando os melodramas, digressões e divagações, creio que muitos esperavam um final definido para o Lost. Um fim definitivo e marcante como o do livro A Ilha Misteriosa, do visionário Julio Verne, ou um chocante e violento como em A Ilha, do famigerado Aldous Huxley.

Quem diria que Lost teria um final bem escancarado e simbólico, lembrando bastante o filosófico Cabeça-Tubarão, do novato Steven Hall, ou o especulativo Homem do Castelo Alto, de Philip K. Dick

(Todos esses livros me lembram Lost. Os dois primeiros eram o que eu esperava, o dois últimos me lembram o que foi apresentado.)

Eu achei perfeito deixarem dúvidas, porque respostas demais delimitariam tanto o conteúdo da série, que provavelmente muitas pessoas deixariam de assistir caso as respostas fossem sem sentido. E poxa, sendo um seriado, é difícil ser objetivo e ter poucas falhas, como em um filme. Por essas e muitas outras fiquei bem satisfeito com o final.

É difícil definir o fim em uma obra tão vasta e complexa como Lost. O ideal é realmente parar de contar a história, pois essa é eterna e vai ser motivo de discussão (e exploração comercial) por anos e anos...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Enfim, o fim (Leia Lost)

Existem dois tipos de pessoas. Os que assistem Lost e os que não assistem.



E existem três tipos de pessoas que assistem Lost:

- Os que acompanham tudo fiel e avidamente desde o primeiro episódio;

- Os que desistiram de acompanhar e esperam os boxes em DVDs ou que passe na Globo;

- E os pela-sacos que antes criticavam, mas viraram a casaca, travestiram-se de fãs e assistiram tudo correndo para emparelhar com os fãs fiéis.



Eu sou um fã fiel. Desde o episódio piloto assisto sôfrego e já na ânsia pelo próximo. Quando termino de ver, sempre relaciono todo o conteúdo e faço minhas teorias – que geralmente estão erradas!

Mas porque estou falando sobre Lost no meu blog alfarrabista?

Simples, se você é fã mesmo de Lost, é impossível não ter lido algum livro por causa da série.

Eu, infelizmente, li poucos livros por causa de Lost, como o louco “A volta do Parafuso”, ou o chocante “Senhor das Moscas”, ou ainda o surreal “A Ilha”.

Além das diversas referências literárias que os produtores e roteiristas usaram para fazer a trama, há na série um forte incentivo a leitura. No próprio site da ABC tem o Clube do Livro de Lost, com mais de 40 livros que foram citados ou influenciaram na série.

E como falar de livros e Lost e não falar de Sawyer/James. O controverso personagem está sempre com um livrinho na mão. Desde o início da série, dos momentos mais críticos aos mais tranqüilos o rebelde galã está sempre lendo. Teve até que passar a usar óculos por ler tanto!


Nestas seis temporadas, lançaram cinco livros oficias – não li nenhum, porque gosto mais da série como ela é, e preferia só ler as referências. Mas com o término da série, eu vou pô-los na minha lista de desejos...



(Hora da teoria que provavelmente errada)

Tenho certeza que com o (infeliz) fim da série, vão pipocar livros sobre ela.

Se você deseja ver uma referência rápida dos livros que apareceram ou foram citados na série, clique aqui.

Se você quer comprar ou conhecer mais sobre esses livros oficiais de Lost, clique aqui.

E se você anseia em ver os livros do Clube do Livro do Lost, sem ser no flash meio capenga da ABC, mas ainda assim em inglês, clique aqui.



Minha meta pro ano que vem é começar a ler os livros desse Clube de Livros do Lost. Vai ser difícil. Por exemplo, nunca li nada do Stephen King. Tenho preconceito mesmo, mas como têm vários livros dele que influenciaram bastante os roteiristas da série, vou ter quer ler.

Pra você que curte Lost ou livros dê uma checada nesse videozinho!

Já pros já nostálgicos, fãs e admiradores, esse vídeo do Sawyes/James é show!


Pros fãs, namastê! (segunda-feira ficarei triste como você!)

Pros demais, tentem assistir um dia. Pois vai ser difícil ser uma pessoa normal no século XXI sem ter visto Lost! (é, os nerds venceram...)


Três boas novidades...

Ia escrever sobre livros lidos, mas está tarde, queria postar logo hoje e não estou muito afim de escrever sobre livros agora.

Por isso vou falar sobre as minhas três recentes boas notícias pessoais.

1ª – Estou quase conseguindo estudar direito de maneira realmente satisfatória. Com meu método de engolir as sinopses tenho realmente pescado alguma coisa por meio de osmose. Lógico que a conquista é pequena e as sinopses não são grande coisas, mas estou feliz de ter chegado na 10ª e lembrar de muita coisa!


2ª – Passei a metade da minha meta de livros do ano. Poucos sabem, mas esse ano eu quero ler mais de 100 livros. É um sonho antigo e bobo, que só foi possibilitado por uma boa largada no início do ano.


3ª – Li todos os livros traduzidos de um dos meus autores preferidos,  Michael Crichton. Terminei ontem Armadilha Aérea - um dos melhores livros dele que já li. Pra quem não conhece, o falecido é o criador de Jurassic Park, Twister, Assédio Sexual e até da série Plantão Médico. Um dia postarei sobre ele.


Pois é, só quis fazer um comentariozinho bobo e rápido pra não deixar o blog em branco!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Meu passeio pela feira alfarrábica

Ando sem muita vontade de escrever. Estava pensando em falar sobre a série dos livros de Noah Gordon sobre medicina, mas fui adiando e tal...

Quase desisti de tudo depois de perder ontem tudo que estava em um pen drive (matérias, fotos, resenhas e rascunhos que vinha separando para escrever no blog).

A pouca inspiração, preguiça a falta de disposição para escrever foi abalada com a perda, mas se teria que começar de algum lugar, melhor ser assim, do zero. O importante é escrever, se não a idéia morre...



Pois então, resolvi fazer esse especial para narrar meu passeio pela feira do livro na Carioca.

Começou parecendo uma clássica furada minha, pois marquei com as pessoas na Cinelândia e quando chegaram lá, antes de mim, todos me ligaram falando que não tinha nada! Pensei melhor e lembrei que o G1 é escrito por humanos que passam mal as notícias, e falham bastante, e pensei que talvez eles tivessem se enganado e trocado o nome da praça.

Não deu outra, a feira estava no Largo da Carioca. Devia ter umas 30 barraquinhas, com um tamanho razoável. Encontrei algumas “barbadas”, como livros do Rubem Fonseca por R$ 10,00 (Incrível! Talvez o vendedor tagarela e sem dente nem soubesse que tinha sido aniversario do autor alguns dias antes, mas interpretei como um sinal e uma homenagem), outro grande achado foram alguns alfarrábios dificílimos de encontrar do Zuenir Ventura e um livro sobre as ruas da Tijuca que normalmente é R$ 90,00 e lá estava por R$ 20,00 reais!

Porém, nem tudo são flores. Dos sete livros do Rubem Fonseca que comprei: cinco eu não tinha, um era repetido (pois eu tinha uma versão velha, carcomida e não lida jogada na minha pilha de livros pra ler) e o outro comprei errado porque sou retardado e distraído e não vi que tinha um livro com a capa idêntica junto daquele que eu queria...

(o livro que eu queria!)

(o livro que eu burro e distraído comprei)

Tinha muito mais coisas, mas depois gastar 100 contos (mesmo que em 10 livros) eu costurei os bolsos e não comprei nem uma Agathazinha (que estava R$ 5,00 reais), pois minha pilha esta muito alta e gorda!

Fiquei duas horinhas e parece que foi muito menos. Gosto muito da feirinha!

No mesmo dia meu humor mudou muito depois de chegar atrasado para ver Alice 3D e pagar R$ 26,00 para assistir aquilo (de noite comprei duas pizzas excelentes por R$ 28,00!!!), mas lembrar feira e dos 10 livros “novos” melhorou meu humor!



P.s. Para os interessados, a feira vai até o dia 26. Tem muita coisa barata, mas tem que garimpar. Afinal, promoções a mostra vão embora rápido!