On the Road – Pé na estrada
Jack Kerouac
Edição: 1
Editora: L&PM
Ano: 2004
Páginas: 380
Tradutor: Eduardo Bueno
Com nome em inglês e sobrenome em português, On the Road - Pé na estrada é considerada a obra prima de Jack Kerouac - o cara que deu a cara da Geração Beat estadunidense. A partir dos anos 60, jovens do mundo inteiro passaram a colocar mochila nas costas e cair na estrada, inspirados por esse alfarrábio de vagabundo pseudo-revolucionário. Um grande exemplo é o tradutor, o jornalista e gaucho metido à carioca-da-gema, Eduardo Bueno (o tradutor).
Lançado em 1957, o livro mostra ao mundo o lado negro do sonho americano, por meio de uma viagem de dois jovens – Sal Paradise e Dean Moriarty – que atravessam o país de costa a costa.
Sal Paradise é um inteligente e carismático vagabundo que tem sua vida mudada quando conhece um andarilho fascinante de personalidade magnética, Dean Moriarty. Ambos têm interesses e paixões em comum: amam literatura e jazz, e desejam conhecer o mundo. Fatalmente tornam-se grandes amigos e juntos atravessam os EUA, encontrando pelo caminho os mais variados tipos de pessoas.
Ao longo das estradas por onde passam, discorre-se sobre as angustias de uma geração instável que não sabia de onde vinha e, apesar da busca, acabaria nunca vindo a saber. Nasce também um culto de amor a vida, que mantém um pacto de não-agressão com a morte, regado a álcool, anfetamina e maconha – o que garante várias viagens ao longo da viagem.
A jornada narrada não é só uma viagem pelo interior do país, mas também uma busca de autoconhecimento – não só da geração da época como também das personagens. Essa bíblia da geração Beat retrata pessoas que cresceram largadas em casa, fruto de pais que lutavam na Segunda Guerra e as mães que trabalhavam nas fábricas de armas – muito parecidas com a minha geração, também criada longe dos pais, contudo perto das TVs.
O diretor brasileiro Walter Salles, de Central do Brasil e Diários de motocicleta, está envolvido na produção da versão para o cinema de On the Road.
OBS: A nota é mais por falta de saco e costume que eu tinha para com o estilo de narração do livro. Mais um para reler!
Nota: 6,0
Ai imagino a quantidade de loucuras que os dois maconheiros-pingucos-vagabundos devem ter feito. Tudo em nome da "Descoberta do mundo"...
ResponderExcluir"pressionante..."
Mas deve ser uma leitura interessante.