segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Bernard Cornwell


Como prometido publicarei sobre Bernard Cornwell essa semana.

Hoje só falarei sobre o autor, pois amanha é seu aniversário. Ao longo da semana publicarei minha resenha sobre seus livros sem continuação, e na sexta falarei do primeiro livro de sua melhor saga, Rei Arthur (Se não houver interesse ou tempo, leia logo o ultimo parágrafo e arrependa-se de não ter lido tudo quando um dia terminar de ler um de seus livros!).

Pois então, em 23 de fevereiro de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, nasceu em Londres Bernard Cornwell. Seus pais intensamente envolvidos no conflito (Ele aviador canadense e ela auxiliar da RAF) o entregaram a adoção.

Criado em Essex pela excêntrica família Wiggins, que eram membros da facção protestante Peculiar People – rígida seita que bania qualquer tipo de futilidade, inclusive a medicina!

Na casa de sua nova família só se podia ler a Bíblia, então Bernard cresceu lendo escondido sobre guerras e romances belicosos como os de C. S. Forester, e desde então começou os contornos de um futuro personagem das guerras napoleônicas, Richard Sharpe.

Conseguindo ingressar na universidade de Londres, fugiu de sua estranha família adotiva e adotou o nome Cornwell de sua mãe. Após se formar trabalhou como professor na própria universidade. Tentou alistar-se no exercito britânico três vezes, mas foi rejeitado por causa de sua forte miopia.

Foi então contratado pela BBC, onde ficou por 10 anos, começando como pesquisador do programa de notícias Natiowide, terminando a carreira lá como Chefe de Assuntos Televisivos

Atuais em Belfast.

Na Irlanda do Norte conheceu Judy, turista americana por quem se apaixonou e casou em 1980 e vivem juntos até hoje. Contudo, na época Judy não podia ficar na Inglaterra por questões familiares, então Bernard decidiu mudar-se para o país de sua esposa, os Estados Unidos da America.

Sem conseguir o Green Card, e com ele a autorização governamental para trabalhar, Cornwell decidiu tornar-se escritor, pois esse tipo de trabalho não precisava da permissão do governo estadunidense do norte.

Para Bernard, não houve muitas recusas para aceitação de seu livro, pois ao conhecer um agente literário britânico em festa, comentou que havia escrito um livro, e o agente disse que gostaria de ver. Uma semana depois já tinham feito um contrato para mais seis livros. Aquele agente é ainda o atual dele.

Foi neste momento nasceu Richard Sharpe, soldado inglês que vive uma série de aventuras à lá James Bond durante a era napoleônica. Esse personagem rendeu quase vinte livros (os seis primeiros do contrato eram de Sharpe) e uma série de televisão (protagonizados por Sean Bean, o Boromir do Senhor dos Anéis) muito prestigiada no Reino Unido e nos EUA.

Com vasta experiência em pesquisa, paixão por guerras e conflitos históricos e com o louco hobby de colecionar mapas antigos e pequenas bugigangas militares, Bernard facilmente tornou-se um excelente autor de romances históricos. Seus personagens fictícios permeiam e narram acontecimentos reais, como se fosse quase um filme.

Contudo Cornwell escreve poucos livros de volume único. Adora sagas onde a trama revela personagens muito bem delineados e que deixam uma saudade enorme nos últimos volumes.

Dentre suas sagas completas temos: a tetralogia ainda não traduzida, As Crônicas de Starbuck, situada durante a Guerra Civil Americana; a trilogia As Crônicas de Artur, que lida com a era Arturiana e outra trilogia, A Busca do Graal, sobre uma busca pelo Santo Graal no século XIV, num período próximo do conflito entre Inglaterra e França conhecido como Guerra dos Cem Anos.

Atualmente Bernard escreve os livros da série Crônicas Saxônicas, que se passa no século IX no reino anglo-saxão de Wessex, durante o reinado de Alfredo o Grande quando este defendeu o seu reino contra os vikings, se tornando o único monarca inglês a ser condecorado com o título de “o Grande” por seu povo.

Em junho de 2006, Cornwell recebeu o título de OIB (Oficial, Ordem do Império Britânico) na lista de honra do aniversário de 80 anos da rainha. Em 2009 esteve no Rio de Janeiro, na Bienal do Livro, para prestigiar seu mais recente livro Azincourt - que não era parte de nenhuma série. E em 1010, deve sair aqui no Brasil o quinto livro de Crônicas Saxônicas, Terra Queimada.

Atualmente vive ainda nos EUA com sua mulher em Cabo Cod, no extremo leste do estado de Massachusetts...

Bernard Cornwell é um dos mais importantes escritores britânicos da atualidade, com seus romances traduzidos para mais de 16 línguas, e com mais de quatro milhões de exemplares comercializados em todo o mundo. Conhecido pela precisão histórica e por usar de fatos reais para criar uma ficção completamente ligada à História, fatalmente seus livros viram best-seller.

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