A queda
Albert Camus
Edição: 1
Editora: Bestbolso
Ano: 2007
Páginas: 111
O narrador, Jean-Baptiste Clamance, autodenominado como "juiz-penitente" faz uma denúncia da natureza humana misturada a um penoso processo de autocrítica. Este advogado decaído e bebum em um boteco desclassificado de Amsterdam , conversa com um interlocutor que o leitor nunca saberá quem é.
No livro, estamos diante de uma daquelas noites, em que os bares tardam em fechar e acolhem insones e estropiados. O narrador então passa a contar uma historia já está cristalizada, da qual participamos como “voyeurs” impotentes, fascinados e indignados, querendo não aceitar o que Clamance diz.
Esse advogado, que defendia os ricos parisienses, passa a “usar da palavra” para, num primeiro momento, revelar que durante um bom período da vida foi (ou achou ser) um indivíduo de grande sucesso. Ocorre que certa noite, quando retornava à sua casa, vê um incidente – que não vou contar – no qual por sua omissão, o foco da narrativa muda. O “santo homem”, até então descrito, muda sua confissão, mostrando a imagem de um crápula que no fundo sempre teria sido prepotente, hedonista, perdulário, egoísta e cínico.
As passagens de humilhação por que passa o personagem em sua via-crúcis de degradação são dramáticas e ao mesmo tempo irônicas, com um linguajar coloquial e denso.
Na época em que li este livro, não tive muita paciência de lê-lo com calma e com atenção suficiente. Acabei achando pedante, talvez por ser um longo monólogo, ou então por não ter divisão de capítulos, ou ainda por estar muito verde para ler uma obra existencialista.
Lembro de bons insights, mas não gostei muito do livro
Ainda vou relê-lo, e apesar de provavelmente não merecer, por enquanto a nota é essa...
Nota: 4,0
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